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NauticaWT fecha parceria com a Gaia para criar joint-venture no Brasil
Depois de dar os primeiros passos no Brasil, a NauticAWT, criada a partir da união da empresa Nautic, de Singapura, com a AWT, da Austrália, fechou uma parceria importante no País, com a brasileira Gaia, e agora formaliza a criação de uma joint venture para as operações locais. O diretor de desenvolvimento de negócios da NauticAWT no Brasil, Eric Correia, conta que já estão avaliando reservas de dois operadores no País para a prestação de serviços de aumento da produção nos campos maduros e busca ampliar o leque de atividades no mercado nacional a partir da nova parceria. “O primeiro foco é esse que já estamos fazendo, de aumento da produção, e os outros são descomissionamento, manutenção de ativos antigos e consultoria para farm in e farm out [compra e venda de blocos exploratórios]”, explicou o executivo, ressaltando ainda que a NauticAWT foi integrada ao projeto da plataforma MCF, que está em fase avançada de desenvolvimento a partir de um grupo de empresas com intenção de fornecê-la ao pré-sal, com capacidade de produção que pode chegar a até 300 mil barris por dia.
Estivemos juntos na OTC e você falou sobre a vinda para o Brasil. Passados esses meses iniciais, como está o processo de instalação da empresa no País?
Após a pesquisa inicial que a empresa fez no País, a opção foi por abrir uma filial, e o processo está sendo concluído agora. Além disso, arranjamos uma parceria no Brasil, que é a Gaia. Estamos abrindo com ela nos próximos meses uma joint venture, que vai trabalhar com a área de aumento de produção inicialmente. Já estamos inclusive com dois clientes nacionais para fazer este serviço, de aumento de produção em campos maduros, e a ideia é desenvolver isso mais a fundo com a Gaia.
Já estão com esses dois contratos fechados?
Ainda não. Nosso contrato tem três etapas. A primeira delas é a avaliação das reservas. Nós estamos nesta fase com os dois clientes, avaliando as reservas deles. Com a avaliação delas, o passo seguinte é sentar com eles e definir qual o aumento possível de produção previsto. Depois executamos esse aumento de produção num período de seis meses a um ano. São dois operadores conhecidos, mas não podemos mencionar ainda.
Já temos isso acontecendo no Brasil com o apoio da Gaia e o passo mais próximo agora é a formalização da joint venture, para depois ampliar nosso leque no País.
Quais serão os focos dessa ampliação?
O primeiro foco é esse que já estamos fazendo, de aumento da produção, e os outros são descomissionamento, manutenção de ativos antigos, consultoria para farm in e farm out [compra e venda de blocos exploratórios], principalmente para projetos como esses lançados pela Petrobrás – Topázio e Ártico. Nossa ideia é também auxiliar as empresas que querem vir para o Brasil utilizando nosso know-how. E, por fim, fazer parte do grupo que está lançando a MCF [Multi-Column Floater – um novo modelo de plataforma em desenvolvimento para produzir grandes volumes de petróleo, podendo chegar a 300 mil barris por dia, em projeto envolvendo as empresas Siemens, Chemtech, Gaia, Horton do Brasil, Linde, UOP e Dockwise].
Qual seria a parte de vocês no projeto?
A nossa participação seria na parte de engenharia de reservatórios, geologia, geofísica, parte de poço etc. Toda parte de subsurface & wells (superfície do solo submarino e poços). A MCF tem toda a estrutura feita com a Siemens, a Horton e os outros parceiros, e nós mais um dos parceiros para o projeto no Brasil.
Como vai funcionar a parceria com a Gaia no Brasil?
Ela vai ser sócia no Brasil. É mais do que uma parceira. Como é uma joint venture, vai ser metade Gaia, metade Nautic. A função dela será o desenvolvimento comercial das nossas soluções. Usar toda a expertise da Gaia para desenvolver os nossos negócios no Brasil.
Como está vendo esse momento do Brasil, levando em conta as mudanças desde que a empresa iniciou a vinda?
A posição inicial foi muito de observação, tentando entender um pouco mais o mercado, como ele estava se comportando. Foi uma fase de transição, teve o impeachment, a mudança no comando da Petrobrás etc, mas hoje vemos com ótimos olhos. Entendemos que tem muita coisa ainda a ser feita, mas o fato de estar acontecendo uma mudança, ainda que pequena, na liberação de alguns ativos, na retomada de outros, nos parece muito interessante. Porque toda parte de consultoria de ativos, que a nossa empresa faz, é importante num momento desse de transição.
Temos uma expertise de valorar ativos. Não só o ativo físico, como a plataforma, mas também o campo. Sabendo que a Petrobrás está vendendo ativos, conseguimos auxiliar muito as empresas que agora estão vindo, mostrando o que eles têm na mão e quanto valem de fato esses ativos. Respondendo mais claramente, ainda é um momento de observação, mas com um olhar mais otimista. (Petronotícias)
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