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Siemens reduzirá emissão de dióxido de carbono a zero até 2030

  • A companhia pretende reduzir as emissões de CO2 em 50% até 2020
  • Serão investidos 100 milhões de euros na melhoria da eficiência energética
  • Economia esperada será de 20 milhões de euros por ano
  • Empresa figura em segundo lugar no Índice Dow Jones de Sustentabilidade no segmento de conglomerados industriais

A Siemens tem o objetivo de ser a primeira empresa industrial do mundo a conseguir atingir a pegada de carbono zero até 2030. A empresa planeja cortar sua emissão de dióxido de carbono (CO2) – que atualmente, soma cerca de 2,2 milhões de toneladas métricas por ano – pela metade até 2020. Para atingir essa meta, a organização vai investir cerca de 100 milhões de euros nos próximos três anos a fim de reduzir a pegada de energia de suas instalações de produção e edifícios, incluindo locais nos Estados Unidos, Alemanha, China, Brasil e Grã-Bretanha.

“Com esta iniciativa, a companhia espera demonstrar a outras empresas que cortar a pegada de carbono não é apenas possível, mas rentável, pois todo o investimento será direcionado a projetos que se paguem ao longo do tempo, gerando uma redução dos custos mundiais de energia de 20 milhões de euros por ano”, explica Henrique Petersen Paiva, gerente de Sustentabilidade da Siemens Brasil.

Sendo uma empresa com atuação global em projetos que vão desde turbinas eólicas e de gás até sistemas de automação para trens de alta velocidade e máquinas de ressonância magnética, a Siemens entende que essa medida é uma responsabilidade das indústrias e que as companhias não precisam esperar por um tratado internacional ou novos regulamentos para pôr em prática planos de redução de impacto ambiental.

Da teoria à prática
Para diminuir suas emissões de CO2 a longo prazo, a empresa vai focar  em três iniciativas. Em primeiro lugar, usará sistemas de energia distribuídos em suas instalações de produção e edifícios para otimizar os custos de energia, por meio da combinação do uso de painéis solares, turbinas eólicas e a gás com gestão energética inteligente, smart grids e soluções de armazenamento energético. Em segundo lugar, vai empregar sistematicamente veículos de baixa emissão e conceitos de e-mobilidade em sua frota de automóveis global. Atualmente, sua frota é de aproximadamente 45 mil veículos, que produzem cerca de 300 mil toneladas métricas de emissões de carbono por ano. Em terceiro lugar, seguirá em direção ao uso de uma combinação de energia limpa – a exemplo do gás natural e da energia eólica – que emitem pouco ou nenhum CO2.

Para compensar as emissões que não podem ser evitadas no curto prazo, a Siemens comprará energia limpa a partir de fontes renováveis como parques eólicos e créditos de carbono de organizações que trabalham para reduzir o carbono em todo o mundo por meio do reflorestamento, por exemplo.

No Brasil, a companhia seguirá o planejamento global de investimentos e também continuará investindo em iniciativas próprias como nos projetos de certificação LEED, em sua política de home office que promove melhor uso dos recursos  (inclusive de energia), no desenvolvimento de competências em eficiência energética para público interno selecionado (com o propósito de identificar oportunidades nesta área que possam ser convertidas em projetos de investimento viáveis de melhoria na eficiência energética) nas certificações ISO 14001 e no monitoramento e controle de indicadores de eficiência energética para gestão de governança dos resultados.

Siemens figura em segundo lugar no Índice Dow Jones de Sustentabilidade
Neste ano, a Siemens foi novamente reconhecida como uma das empresas mais sustentáveis do segmento de conglomerados industriais, que inclui 43 companhias. No Índice Dow Jones de Sustentabilidade (Dow Jones Sustainability Index – DJSI) desse ano, ela figura em segundo lugar.  A organização recebeu uma avaliação muito positiva, conquistando 90 pontos de um máximo de 100.

Desde 1999, quando o índice teve sua primeira publicação, a Siemens esteve presente em todas as edições do DJSI, que leva em consideração fatores sociais e ambientais, bem como critérios econômicos. Esse ano, a Siemens recebeu nota máxima em nove das 20 categorias do DJSI, incluindo gerenciamento de ambiente e clientes, bem como cidadania corporativa.

O programa de redução de CO2 iniciará próximo ano fiscal. Dentro desse projeto, cerca de 40 milhões de euros serão investidos em 15 fábricas diferentes em todo o mundo para melhorar a eficiência energética. Sua nova sede em Munique – que atenderá os mais altos padrões para a proteção ambiental, conservação de recursos e construção sustentável – contribuirá muito neste sentido.

No ano fiscal de 2014, o portfólio da companhia para área de eficiência energética e de redução de CO2 gerou vendas de 33 bilhões de euros ou 46% da receita total da Siemens. As soluções da companhia permitiram aos clientes reduzir suas emissões de CO2 em 428 milhões de toneladas – um montante igual a metade do total das emissões de dióxido de carbono da Alemanha.



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