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Estado vai tentar viabilizar R$ 77 bi em investimentos


O governo do Estado e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) discutiram ontem os caminhos para viabilizar os projetos mapeados para o Rio Grande do Norte dentro do programa MaisRN e, pela primeira vez, divulgaram quanto o estado poderá captar ao longo de 20 anos: R$ 77 bilhões em investimentos. A soma corresponde a carteira preliminar de projetos estruturantes sintetizada em 13 grupos, com 20 projetos âncoras, que detalha as áreas prioritárias, em que o governo e iniciativa privada terão de atuar para fazer as ações saírem do papel.

As propostas abrangem desde logística de escoamento da produção, recursos hídricos, desenvolvimento da matriz eólica, integração da logística ao desenvolvimento do capital humano e mobilidade urbana. Os dados são considerados iniciais e deverão ser ajustados e detalhados dentro da etapa de Planos de Negócios do MaisRN. Uma gama de projetos que serão elaborados para investimentos.

A estimativa é que a expansão da produção de energia eólica e instalação de redes de transmissão e energização das subestações demande 60% do total dos investimentos a serem feitos: R$ 48 bilhões em 20 anos. O segundo grupo com maior custo é o de desenvolvimento do capital humano com integração do mercado, dentro do plano de melhoria da qualidade da educação, com R$ 8,7 bilhões.

O panorama preliminar de projetos com maior poder de multiplicação e menor risco - os chamados projetos âncoras - foi apresentado pelo presidente da Macroplan, Claudio Porto – empresa de consultoria que elaborou o projeto – para secretários de pastas estratégicas do Estado, como Planejamento e Finanças, Desenvolvimento Econômico, Tributação e Infraestrutura.

Parceria

Em meio a conjuntura de desaceleração da economia e dificuldades financeiras do Estado para realizar os investimentos necessários, o presidente da Macroplan defende a parceria entre o poder público e o setor privado como forma para alavancar os índices de crescimento do Estado. “Estes 20 projetos iniciais da Carteira tem o poder de transformar a estrutura produtiva do Estado e aumentar a capacidade de gerar riquezas”, afirmou.

Os projetos passarão ainda por um “refinamento” de elaboração que traz o detalhamento para análise do investidor, que deverá ser entregue ao Governo do Estado e empresários no terceiro trimestre desse ano, na segunda etapa do programa. O MaisRN foi lançado em julho do ano passado quando foi apresentado o diagnóstico com 400 oportunidades e projetos com potencial de desenvolvimento econômico no estado. O estudo foi encomendado à empresa de consultoria Macroplan pela FIERN.

A atração de investimentos requer projetos bem elaborados e ambiente de negócios favorável. “Para o RN tornar-se mais atraente, é preciso com segurança jurídica, segurança pública, licenciamento ambiental eficiente e uma atitude colaborativa entre os Poderes”, pontua o consultor. A captação de recursos depende da natureza de cada grupo de projetos. Os investimentos da eólica deverão ser viabilizados via leilões federais, enquanto para atingir as diversas metas propostas em educação, caberá ao poder público melhoria da estrutura da rede. (Tribuna do Norte)



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