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Brasil produziu 34,3% menos implementos rodoviários no mês de janeiro



A indústria fabricante de implementos rodoviários registrou queda de 34,3% na produção e nas vendas, em janeiro de 2015, em comparação com igual período de 2014, conforme dados da Anfir (Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários). No último mês, as empresas fabricaram e entregaram ao mercado 8,2 mil unidades, abaixo dos 12,6 mil produtos distribuídos em janeiro do ano passado.

No segmento pesado (reboques e semirreboques), que teve retração de 54,2%, os fabricantes entregaram ao mercado 2,2 mil unidades contra 4,8 mil produzidas no primeiro mês de 2014. Já no setor leve (carroceria sobre chassi), o resultado foi 22% abaixo do apurado em janeiro de 2014: no primeiro mês de 2015, a indústria fabricou seis mil unidades ante 7,7 mil feitas no mesmo período do ano anterior.

“Esse primeiro resultado, mesmo que registrado em um período tão curto, sinaliza, diante do atual cenário da economia em geral e de crédito, que 2015 poderá ser mais um ciclo difícil para a indústria produtora de implementos rodoviários”, afirma Alcides Braga, presidente da Anfir. “Poderemos ter mais um ano de retração com queda entre 5% e 10%, salvo se surgirem medidas que venham a dar suporte a tão ansiada retomada nos negócios”, destaca.

O primeiro fator que aponta para essa perspectiva, segundo o presidente da entidade, é o desaquecimento geral da economia brasileira. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a produção da indústria brasileira acumulou queda de 3,2% em 2014. Trata-se do pior resultado desde 2009, quando a retração foi de 7,1%.

Para a Anfir, o desejável reaquecimento dos negócios esbarra nas novas regras de concessão de crédito do PSI/Finame (Programa de Sustentação de Investimentos/Financiamento de Máquinas e Equipamentos), determinadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Até o ano passado, 100% do valor do bem podia ser financiado. Agora, a parcela financiável baixou para 70% no caso de pequenas e médias empresas e para 50% para as grandes empresas.

Assim, com as novas condições de financiamento do PSI/Finame, o segmento pesado deverá seguir com desempenho negativo. Isso porque a maior parte das operações de venda no setor é realizada no âmbito do programa de apoio do governo federal. No segmento leve, onde o impacto das regras do programa é menor - já que boa parte das empresas compradoras não consegue se enquadrar nas regras do BNDES -, as vendas deverão seguir em baixa, influenciadas pelo desempenho geral da economia. (Agência CNT de Notícias)



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