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Tecnologia inédita no país reduz em 1 milhão de toneladas a emissão de CO² no pré-sal


Desde 2011, na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, o FPSO Cidade Angra dos Reis reduziu em 1 milhão de toneladas a emissão de CO2 de sua operação. O feito só foi possível graças a uma tecnologia inédita no país de separação e injeção do dióxido de carbono que está em fase de teste no navio. A novidade foi apresentada nesta semana, durante o Congresso Brasileiro de CO2, no Rio de Janeiro.

O evento foi promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e reuniu especialistas para discutir o uso de CO2 em suas mais diversas aplicações e segmentos. No painel sobre novas tecnologias e operacionalização do CO2 no pré-sal, Marcel Eiki Katekawa, consultor técnico da Petrobras, lembrou que o Brasil é pioneiro no desenvolvimento e uso de tecnologias para CO2 em águas profundas. “Somos o único país reconhecido pela ISO para desenvolver normas e projetos nesta área”, frisou. 

Segundo Katekawa, o pré-sal representa um desafio enorme para o Brasil quando o assunto é desenvolvimento de tecnologia para sequestro de CO2. “Na operação do pré-sal, encontramos um gás a 8%, enquanto que o recomendado é 2%. Por isso, temos muito o que fazer e desenvolver para minimizar esse impacto”, explica.

No primeiro dia do evento, Luiz Pinguelli Rosa, diretor da COPPE/UFRJ, também falou sobre o desafio brasileiro para redução da emissão de CO2.  Para o físico brasileiro, o país vai conseguir atingir a meta estabelecida pela ONU com uma diminuição de 36% (1 bilhão de toneladas) em 2020. “Nos últimos dois anos, conseguimos reduzir o desmatamento e, consequentemente, a emissão de CO2”, explica. 

Além de Pinguelli e Katekawa, falaram na manhã desta terça o vice-presidente global de Energias Renováveis e Captura e Armazenamento de Carbono da Statoil, Olav Skalmeraas, a gerente geral do The Global Carbon Capture and Storage Institute (GCCSI), Elizabeth Burton, entre outros. Processo de separação e captura de CO2 e carbodutos também foram assuntos discutidos no primeiro dia do evento.  "Acredito que o Congresso é um espaço importante para a troca de conhecimento e experiências", afirma Raimar van den Bylaardt, gerente de Gestão do Conhecimento do IBP e coordenador do evento. 



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