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Prefeitura de Macaé oferece área para Petrobras expandir porto
Terminal está operando no limite da capacidade. Mas especialista diz que região está saturada e não vê vantagem em expansão
A prefeitura de Macaé encaminhou nesta terça-feira, à Petrobras um ofício no qual oferece uma uma área para a estatal ampliar suas atividades portuárias próxima ao Porto de Macaé. O GLOBO noticiou na edição do dia 14 que o Porto de Macaé já está operando no limite de sua capacidade, provocando filas de embarcações de apoio à produção de petróleo na Bacia de Campos, para atracar. O prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos Júnior, explicou que está oferecendo a custo zero para a estatal uma retroárea com 75 mil metros quadrados, o que vai mais do que duplicar a atual área atual do Porto que é de 55 mil metros quadrados.
Segundo o prefeito, essa área fica a apenas 200 metros do Porto de Macaé e, se for aceita pela Petrobras, permitirá uma redução sensível no tempo de atracação das embarcações no Porto, o que levaria a uma redução sensível nos custos operacionais do porto. Essa área servirá de suporte ao porto.
Em novembro do ano passado a Prefeitura de Macaé entrou na Justiça contra uma licitação que a Petrobras estava realizando para contratar uma expansão portuária no Porto do Açu, em São João da Barra, e conseguiu liminar suspendendo por alguns meses o certame. A liminar foi posteriormente derrubada pela Petrobras que assinou contrato com a americana Edison Chouest Offshore (ECO), para utilizar seis berços no Porto do Açu, e a previsão é de a Petrobras iniciar sua operação na nova área em fevereiro do próximo ano.
O prefeito de Macaé destacou que a expansão das áreas portuárias da Petrobras em outros portos, não inviabiliza a expansão com a nova retroárea em Macaé. Aluízio dos Santos explicou que a oferta dessa nova área está sendo feita só agora porque foi com base no Plano Estratégico de Logística de Cargas (PELC), elaborado em maio último pela Secretaria Estadual de Transportes, apontando essa área em Macaé. Essa nova área, segundo ele, é plana e totalmente livre de quaisquer problemas como desapropriações, ou outras questões e será doada para a Petrobras.
— Isso vai fazer com que o porto de Macaé quase triplique sua capacidade de operação — destacou o prefeito.
Mas, para o especialista no setor e diretor-executivo da Liga Logística Óleo e Gás, Sérgio Garcia, faz mais sentido a Petrobras expandir suas atividades portuárias no Porto do Açu, devido às suas condições logísticas e localização, do que se expandir suas atividades ainda mais em Macaé, onde as atividades já estão saturadas.
— Macaé está saturada. Não vejo muita lógica, do ponto de vista logístico, crescer mais suas atividades em Macaé, mas sim no Porto do Açu. A cidade de Macaé está muita cheia para aumentar a presença da Petrobras em mais 75 mil metros quadrados. No Porto do Açu tem áreas mais desobstruídas, mais livres para expansão, além de sua localização ser mais próxima à Bacia de Campos — destacou Garcia.
O prefeito garante que essa nova área será importante para a Petrobras aumentar sua eficiência e reduzir seus custos, considerando justamente toda infraestrutura logística que Macaé já possui.
— Queremos oferecer para a Petrobras esta área estratégica, orientada pela PELC, e a custo zero. Queremos que a Petrobras reduza custos e aumente sua competitividade. E essa expansão é importante para a cidade de Macaé, que é a capital do petróleo, onde oferece toda infraestrutura logística para as atividades exploratórias da Petrobras.
A Petrobras não quis comentar o assunto alegando que ainda não tinha recebido o projeto. (O Globo)
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