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Peru vai abrir novas concorrências para construção de gasodutos este ano e espera atrair empresas brasileiras


O governo peruano está implementando uma série de projetos no setor de energia para a próxima década, com a perspectiva de gerar investimentos somados em até US$ 44 bilhões no período, mas uma das variáveis de interesse para o País é a participação de um número maior de competidores nas concorrências. Para isso, o vice-ministro de Minas e Energia do Peru, Raúl Pérez-Reyes Espejo, busca atrair mais empresas brasileiras, ressaltando que o projeto do gasoduto Sur Peruano, que está sendo construído pela Odebrecht e pela espanhola Enagás, vem sendo desenvolvido de forma satisfatória. O empreendimento corta o sul do país e está orçado em US$ 4,28 bilhões, sendo que o andamento das etapas tem sido mais rápido do que o esperado, com a previsão de ficar pronto um ano antes do planejado, segundo o vice-ministro. Agora, já estão preparando a abertura de algumas novas concorrências, incluindo um gasoduto de GLP ligando a província de Pisco à capital Lima, com 200 km de extensão, e uma rede de distribuição de gás nas zonas Alto-Andinas. “Será muito bom para nós se houver empresas brasileiras interessadas em participar”, afirmou.

Como o governo peruano vê a participação brasileira em projetos no País?
A nossa constituição prevê que a importação e exportação de bens e serviços é livre em princípio, assim como a entrada de capital estrangeiro. Então se alguém decide investir no Peru será tratado da mesma forma que um investidor peruano. Não fazemos distinção em relação a isso.

E como tem sido a participação brasileira?
No ano passado, foi formada uma associação público-privada em que o Estado tinha o interesse na construção de um gasoduto no Sul do Peru, passando pelos Andes e pela Costa, em que o vencedor foi o consórcio formado pela empresa brasileira Odebrecht com a espanhola Enagás. Esse é um primeiro projeto do tipo, mas caso outros investidores ou outras empresas brasileiras tenham interesse em buscar negócios no Peru, serão muito bem vindos.

Como está o andamento do projeto do gasoduto?
É um projeto de US$ 4,28 bilhões e já está avançando em toda a etapa de logística prévia à construção. O contrato estabelece meados de 2019 como data limite para a conclusão, mas pelo que temos acompanhado a previsão é de que ficará pronto cerca de um ano antes do que estava planejado.

Como as empresas brasileiras podem buscar oportunidades no mercado peruano?
O que fazemos basicamente é a formação de associações público-privadas, que são criadas a partir de concorrências públicas, organizadas pela agência de promoção a investimentos do Estado peruano, chamada Proinversión. Dessa forma que tem sido feitas as parcerias. Neste primeiro momento, em relação ao projeto que mencionei, nos voltamos à área de transporte de gás, mas em breve vamos abrir concorrências para redes de distribuição.

Pode citar algum exemplo?
Estamos atualmente em processo de preparação da concorrência para a construção da rede de distribuição de gás nas zonas Alto-Andinas, por exemplo, e será muito bom para nós se houver empresas brasileiras interessadas em participar. O objetivo desse projeto é ajudar a massificação do uso do gás natural nessa região.

Quando será lançada esta concorrência?
Esta será agora no final deste ano. Então, se houver empresas brasileiras interessadas em concorrer, elas precisam entrar em contato com a Proinversión. Pelo site da agência, elas podem buscar os contatos, e lá também estão todos os detalhes do projeto.

Há outras concorrências em vista?
Sim. Vamos abrir também no final deste ano uma concorrência para a construção de um duto de GLP ligando Pisco a Lima, com quase 200 km de extensão. Além disso, estamos começando a avaliar se vamos necessitar de novos dutos de transporte a serem construídos na região Norte do País, mas isso ainda está em estudo. (Petronotícias)



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