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Vendas de material de construção crescem 6% em junho
Desempenho foi 10% superior ao mesmo período de 2014. Aumento ocorre em lojas de todos os portes e em todas as regiões
As vendas do varejo de material de construção cresceram 6% em junho, na comparação com o mês de maio. Já na relação junho de 2015 sobre junho de 2014, o desempenho foi 10% superior. O aumento ocorreu em todas as regiões do país, com destaque para o Sul (12%) e o Nordeste (9%), seguidos pelo Norte (8%), pelo Centro-Oeste e Sudeste (com 6% cada).
Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 25 a 29 de junho e a margem de erro é de 4,3%.
"Já esperávamos por uma recuperação das vendas no mês, pois o nosso desempenho em junho do ano passado ficou muito aquém do esperado, por conta do número de dias úteis que foram afetados pelos jogos da Copa do Mundo. Com os resultados apresentados em junho, o setor fecha o primeiro semestre do ano com crescimento acumulado de 3%, que é semelhante ao desempenho nos últimos 12 meses” - explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
Segundo a pesquisa, lojas de todos os portes apresentaram recuperação nas vendas em junho, mas o volume foi maior nos estabelecimentos de porte médio.
"As lojas de médio porte, que são aquelas que possuem de 11 a 50 funcionários, tiveram aumento de vendas de 13% no mês. Já nas pequenas esse índice foi tímido, de 2%, enquanto que os home centers tiveram, em média, aumento de 5% no volume de vendas no período” - completa Conz.
Entre as categorias pesquisadas, os destaques foram para louças sanitárias e metais sanitários, que tiveram aumento de vendas da ordem de 6% cada. Fechaduras e ferragens e telhas de fibrocimento tiveram desempenho 5% superior. Tintas apresentaram um índice de 4% de aumento. Já revestimentos cerâmicos e cimentos ficaram estáveis no período.
Em junho, o otimismo dos lojistas com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses retraiu de 20% para 17%. “Essa falta de confiança impacta na pretensão do setor de fazer novos investimentos, que retraiu em todas as regiões, com exceção do Nordeste. Mas também retraiu a intenção de contratação de novos funcionários no próximo mês em três regiões: Centro-Oeste, Nordeste e Norte”, completa o presidente da Anamaco.
Conz, que também é membro do Conselho Curador do FGTS e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, lembra, no entanto, que o cenário pode se tornar um pouco mais complicado para o crescimento do varejo de material de construção em 2015, por conta da inflação e do provável repasse do aumento de preços ao consumidor final.
"Como tivemos muito movimento de aumento de preços no primeiro trimestre e muitos setores estão revendo esses custos, a nossa previsão é a de que o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) de material de construção feche o primeiro semestre em 4,3%. Com isso, podemos afirmar que, mesmo com o aumento de preços das indústrias sendo absorvido, em grande parte, pelas lojas de material de construção, o aumento de preços ao consumidor final pode chegar a 6,5% no acumulado do ano. Por isso, o crescimento real das vendas pode chegar a 2,5% em 2015. Isso vai depender, apenas, do nosso desempenho no último trimestre. Por ora, continuamos com a previsão de crescermos 3% em 2015” - afirma.
Impactos do uso eficiente de água e energia
O uso racional da água e o uso eficiente de energia continuam impactando positivamente as vendas do setor. “Apesar de uma leve melhora nos níveis dos reservatórios, toda a discussão em torno desses temas sustentáveis fez com que a população abrisse os olhos para o tema e passasse a procurar por produtos que pudessem auxiliar no uso mais consciente desse bem natural”, declara Conz.
Segundo ele, alguns dos ítens mais procurados nas lojas de material de construção dentro dessa linha, são produtos para captação de água da chuva e chuveiros.
“Tem muita gente atrás de produtos economizadores, vale tudo para gastar menos água e isso é bom porque movimenta o nosso setor. Também tem sido grande a procura pelos chuveiros híbridos, que utilizam energia solar e elétrica e são considerados os mais econômicos de todos os modelos”, diz.
O uso eficiente de energia também está levando mais consumidores às lojas de material de construção em busca de soluções para redução do consumo.
“Muita gente tem procurado por de aquecedores solares, que já vem sendo implementado nas unidades familiares do “Minha Casa Minha Vida” e que podem reduzir o consumo de energia elétrica em até 90%, tendo um retorno sobre o investimento de 18 a 36 meses e garantindo a água quente do banho, mesmo em casos de falta de energia.
Outra medida é a troca de lâmpadas incandescentes por produtos de LED, principalmente no comércio e nos prédios públicos, o que pode ocasionar uma economia média de 30% nas contas de energia”, finaliza o presidente da Anamaco.
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