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Os números do setor eólico brasileiro


Segundo Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, em 2014, o Brasil foi o quarto país que mais instalou novas potências eólicas e foi classificado como sendo o segundo país mais atrativo para investimentos em fontes renováveis cuja expressividade é liderada pela fonte eólica.

A geração eólica durante todo o ano de 2014 foi de 12 TWh, com fator de capacidade médio de 38% e com média de geração de 2 GW médios, nos últimos três meses do ano. Tal geração foi capaz de abastecer o consumo elétrico residencial semelhante ao consumo em 2013 da população do estado do Rio de Janeiro, o que corresponde ao abastecimento de 6 milhões de lares brasileiros. Os resultados demonstram que a fonte eólica, além de limpa, renovável, competitiva e com positivas implicações sociais, contribui em grande medida para a segurança do sistema elétrico brasileiro, visto que as usinas eólicas têm, anualmente, alcançado recordes de geração.

Desde 2009, quando da realização do primeiro leilão competitivo, a indústria eólica vem trabalhando no sentido de garantir um papel relevante nas decisões da política energética nacional e consequente posição na matriz elétrica nacional, buscando, assim, a demanda necessária e o efetivo sinal e investimento de longo prazo. O ano de 2014, nessa perspectiva, foi o ano em que o sinal de investimento de longo prazo se tornou claro e permitiu uma segurança maior para os investidores, garantindo também oferta por parte da fonte eólica ao setor elétrico que cresce em torno de 5 GW ao ano, em potência contratada, e necessita de recursos energéticos para fazer jus a esse crescimento.

O sinal de investimento para a indústria durante este ano veio com a realização do primeiro leilão do ano, o A-3 realizado em junho de 2014, quando foram contratados 551 MW. Em outubro, ocorreu o Leilão de Energia de Reserva – LER para contratação das fontes biomassa, eólica e solar. Além disso, com a realização do A-5 para contratar também a fonte termelétrica, com destaque para o carvão e o gás, a fonte eólica teve ótima participação. Dessa forma, com a contratação de 2,25 GW, acima inclusive da meta e 2 GW da indústria, a fonte demonstrou sua competitividade e sustentabilidade econômica para manter a sua cadeia de suprimentos.

Do lado da oferta, foram investidos mais de 11 bilhões de reais em novos parques eólicos, levando o Brasil a um patamar de expressivo destaque. Atualmente, é um dos países que mais instala potência eólica anualmente, estando posicionado como o quarto país em termos de aumento de capacidade, segundo relatório do GWEC (Global Wind Energy Council) publicado no final de fevereiro de 2014, tendo agregado 2,50 GW no sistema.

Nessa linha, o Brasil entra para o top 10 em capacidade, encerrando com 5,96 GW de capacidade instalada. Além disso, o país foi eleito, segundo o relatório Climate Scope, elaborado pela Bloomberg New Energy Finance, como o segundo país mais atrativo do mundo para receber investimentos em energias renováveis, sendo liderado pela fonte eólica. Em 2014, a energia eólica foi responsável por 32% dos investimentos mundiais em energia renovável, cerca de 99 bilhões de dólares. No Brasil, esse número é de 79%, representando o montante de 6,2 bilhões de dólares.

Nos últimos três ano, a fonte eólica tem se desenvolvido com grande intensidade, atingindo o montante de 6 GW de potência eólica instalada na primeira semana de janeiro de 2015, o que representa mais de 90 mil empregos gerados e 9 milhões de toneladas de CO2 de emissões evitadas anualmente. Quebrando recordes constantemente, a fonte eólica, no dia 24 de dezembro de 2014, registrou novo recorde de geração no Subsistema Nordeste com 2.544 MW, representando 26% de carga, justamente no período em que o país mais precisa de geração de energia em função do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Ainda sobre a geração dos parques eólicos, dos 6,56 GW já instalados, 6,25 GW estão gerando e contribuindo em grande medida para o abastecimento do sistema neste período de escassez, sendo que essa fonte gerou em média 2 GW médios nos últimos três meses de 2014.



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