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DEMANDAS DO PRÉ-SAL DEVEM ATRAIR NOVAS EMPRESAS EUROPEIAS PARA O BRASIL
O mercado brasileiro enfrenta uma recessão, mas continua atrativo para empresas europeias interessadas em investimentos a longo prazo. A perspectiva de novos empreendimentos e de uma tendência positiva para os próximos anos vem gerando grande expectativa em relação à SPE Offshore Europe 2015, feira do setor de petróleo que será realizada no próximo mês em Aberdeen e que contará com a presença de diversos representantes da indústria brasileira. Entre eles, estará o gerente-geral da MacLog Solutions,Marcelo Correa, que enxerga no evento uma oportunidade para captar novos investimentos em tecnologia e firmar parcerias com companhias estrangeiras para atuar no Brasil. Responsável por representar diversas empresas de fora no país, a MacLog tem como foco o desenvolvimento de equipamentos de perfuração offshore e busca fazer uma ligação entre os investidores europeus e as atuais demandas do segmento brasileiro de óleo e gás. Com as novas necessidades que surgem no pré-sal, explica Correa, as companhias podem ampliar sua participação em projetos de inovação no Brasil. Fechar negócios com esses investidores na feira é pauta central para as empresas brasileiras, que confiam em novas oportunidades em meio à retração do mercado. “Ninguém está contente com o atual momento, mas ninguém quer deixar de remar nesse barco”.
Quais as expectativas da MacLog para a feira de Aberdeen?
Nossa experiência em eventos como esse é muito positiva. Sempre vemos um grande interesse das empresas de fora no mercado brasileiro, e existe uma grande abertura por parte delas, então temos interesse em ajudar esse processo, criando novas vendas e projetos. Por isso, esperamos abrir novas possibilidades de negócios, conhecer novos parceiros, tecnologias, equipamentos e serviços que possam ser interessantes para o nosso mercado, tanto no Brasil quanto no restante da América do Sul. Buscaremos também manter o relacionamento com nossos parceiros atuais.
Como o senhor avalia o atual momento do mercado?
O nosso mercado de óleo e gás está bem complicado, não apenas pelos problemas da Petrobrás, mas também pelo preço do barril de petróleo. Mas acreditamos que este é um cenário passageiro, logo há uma tendência de recuperação. O preço do petróleo tende a se adequar novamente, e poderemos retomar um patamar melhor de trabalho.
A MacLog possui experiência no mercado europeu?
Nós representamos há alguns anos no Brasil a empresa inglesa Hale Hamilton, e vemos uma grande facilidade em termos de comunicação. Então temos uma boa experiência, e esperamos capitalizar isso em novas parcerias. De uma forma geral, os principais players europeus têm uma noção bastante grande do que é o Brasil, a Petrobrás e o nosso mercado. Mesmo em um momento desfavorável, eles continuam interessados, porque enxergam como um mercado de longo prazo.
Quais as perspectivas para a consolidação de novos negócios?
Temos a perspectiva de ver e aproveitar a feira, conhecer quem está lá. Queremos enxergar o setor offshore para ver o que é possível desenvolver, em conjunto, para trazer para o mercado brasileiro. Não vou dizer que temos um plano traçado, mas já temos conversado com algumas empresas europeias, inglesas principalmente, e tentaremos criar novas parcerias para o setor.
Como a empresa pretende atrair o investimento estrangeiro?
Nós já temos um alcance interessante, por meio de nossos parceiros, em algumas empresas e setores específicos em que pretendemos atuar. Havendo projetos interessantes que possam ser desenvolvidos, nós estudaremos e traremos para cá. Hoje temos o pré-sal, que é um mercado novo para todo mundo e é muito interessante para a área subsea quanto ao desenvolvimento de novos produtos e serviços. Temos que conversar com essas empresas, que têm tecnologias para isso e ainda não estão no mercado brasileiro, para firmar novos negócios.
Que área a MacLog tem hoje como foco?
Nosso maior campo é o de equipamentos de perfuração ou subsea. Trabalhamos com válvulas de pressão, reguladores, e pretendemos manter esse foco. Embora tenhamos também muitos projetos em perfuração terrestre, iremos aproveitar a feira para focar no setor offshore subsea.
Como têm se comportado as empresas brasileiras?
O mercado brasileiro está sempre buscando novas formas de investir, assim como novos parceiros para desenvolver produtos e equipamentos. É um mercado muito aberto e receptivo. Se hoje temos dificuldade, é pela atual conjuntura econômica, mas o empresariado continua a buscar novas oportunidades. Pelo que temos conversado em relação à feira, estamos vendo que um grupo considerável de empresários vai comparecer; eu esperava uma abstenção maior. Ninguém está contente com o atual momento, mas ninguém quer deixar de remar nesse barco. Isso é um indicador bastante favorável, então eu vejo o cenário com otimismo. (Petronotícias)
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