Últimas Notícias - Composites
2015 Porsche 919 Hybrid – a base comprovada foi amplamente aperfeiçoada
A Porsche apresentou no circuito Paul Ricard ontem a segunda geração do 919 Hybrid, seu carro de corrida da categoria LMP1 (Le Mans Prototype 1), com evoluções técnicas e com três pinturas diferentes, uma de cada cor. A Porsche também confirmou que vai passar a disputar na mais elevada entre as quatro categorias de energia da classe LMP1: o desempenho do sistema de recuperação de energia pôde ser aumentado em aproximadamente 30% em comparação à quantidade permitida em 2014. Isso significa que o 919 Hybrid tem competitividade para disputar na categoria de 8 megajoules. As normas revolucionárias do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), que passaram a vigorar no ano de 2014, exigem o uso de sistemas de propulsão híbrida muito potentes e inovadores, e esse foi o principal motivo que fez a Porsche decidir retornar à divisão principal (LMP1).
A equipe Porsche utilizará suas plataformas tecnológicas, que passaram por um aperfeiçoamento ainda mais abrangente, em todas as oito corridas do Campeonato Mundial de Endurance. Os carros estarão pintados na cor branca e portarão o lema “Porsche Intelligent Performance” em sua carroceria. Isto também se aplica ao terceiro 919 Hybrid da equipe, que vai disputar a corrida de Spa-Francorchamps no dia 2 de maio. Entretanto, para a prova mais importante da temporada (as 24 horas de Le Mans, nos dias 13 e 14 de junho de 2015), a equipe vai mandar para o circuito um Porsche 919 Hybrid branco, um preto e um vermelho.
Wolfgang Hatz, diretor do setor de pesquisa de desenvolvimento da Porsche AG, declarou na apresentação dos protótipos da classe LMP1 no sul da França: “O programa da classe LMP1 na Porsche dá enfoque a uma cooperação incluída em uma rede abrangente entre os engenheiros que trabalham em nosso sistema de propulsão inovador”. As normas do WEC foram concebidas para garantir que o carro mais eficiente ganhe a corrida. O setor automotivo em geral deveria adotar essa mesma abordagem para poder manter-se viável. A Porsche oferece atualmente três carros esportivos de produção que contam com o sistema híbrido de tomada. “Isto nos diferencia de nossos concorrentes e planejamos crescer ainda mais neste segmento”, afirmou Hatz. “Para tanto, precisamos de uma especialização substancial dentro da nossa empresa. A pressão enorme de termos um bom desempenho na classe LMP1 significa que nossos especialistas de desenvolvimento para os carros de produção aprendem muito em pouco tempo. Por outro lado, jovens engenheiros recebem treinamento de altíssima qualidade a uma velocidade turbinada e este conhecimento pode ser posteriormente aplicado muito eficazmente na produção em série. Aprender a partir da experiência nas pistas de corrida e aplicá-la nas estradas do dia a dia é uma tradição na Porsche. Portanto, faz perfeito sentido criar uma ligação pelo menos parcial entre nossos protótipos de Le Mans e nossa história no automobilismo por meio das cores que utilizamos”.
O número e a cor vermelha do protótipo são uma homenagem ao carro da Porsche que conquistou a primeira de um total de 16 vitórias gerais pela marca em Le Mans em 1970. Nenhuma outra marca conta com tantas vitórias nessa corrida, considerada a prova de endurance mais exigente do mundo. A cor do Porsche 917 KH (“cauda curta”) com o “Salzburg Design” que venceu a corrida há 45 anos no dia 14 de junho de 1970 também era vermelha. Os pilotos vencedores naquela ocasião eram o alemão Hans Herrmann, atualmente com 87 anos de idade, e o inglês Richard Attwood, agora com 74 anos de idade. Em 2015, na 83ª versão da clássica corrida em Le Mans, o protótipo vermelho com o número 17 será dirigido por Timo Bernhard, 34 (Alemanha), Brendon Hartley, 25 (Nova Zelândia) e Mark Webber, 38 (Austrália).
O LMP1 na cor preta com número 18 é um símbolo do parentesco técnico próximo entre o carro de corrida Porsche 919 Hybrid e o supercarro esportivo Porsche 918 Spyder, que também vem equipado com um sistema de propulsão híbrido. Também foi um 918 na cor preta que, no dia 4 de setembro de 2013, registrou um novo recorde para um carro esportivo de rua de produção ao completar a volta de mais de 20 quilômetros do Circuito Norte (Nordschleife) de Nürburgring em 6min57s. O piloto que registrou esse recorde foi Marc Lieb, 34, da Alemanha. Lieb também vai dirigir o 919 na cor preta em Le Mans neste ano, juntamente com Romain Dumas, 37 (França) e Neel Jani, 31 (Suíça).
O terceiro carro da equipe, o 919 Hybrid na cor branca com o número de carro 19, estará disputando em Le Mans na cor que a Porsche escolheu para seu retorno à categoria superior dos protótipos depois de uma ausência de 16 anos. A cor branca, tradicional para os carros de corrida da Alemanha, também será utilizada nos dois carros de fábrica Porsche 911 RSR que disputarão a corrida na classe GTE Pro. Em Le Mans, o terceiro 919 será dirigido por Earl Bamber, 24 (Nova Zelândia), o piloto de Fórmula 1 Nico Hülkenberg, 27 (Alemanha) e Nick Tandy, 30 (Reino Unido).
Evolução do 919: mais eficiente, mais rígido, mais fácil de ser pilotado, mais leve e mais robusto
Embora o conceito básico do protótipo da classe Le Mans Prototype 1 (LMP1) tenha sido mantido na segunda geração, virtualmente todos os componentes foram aperfeiçoados. As metas ambiciosas para a próxima etapa evolucionária eram fazer com que o veículo fosse mais eficiente, mais rígido, mais fácil de ser pilotado e mais leve - e, mesmo assim, mais robusto.
O 919 vem equipado com um motor V4 a gasolina de dois litros com turbocompressor, com uma potência de mais de 500 hp, que aciona o eixo traseiro, e um motor elétrico com mais de 400 hp de potência que aciona o eixo dianteiro e obtém eletricidade a partir de dois sistemas de recuperação de energia. Uma bateria de íon de lítio resfriada a líquido armazena temporariamente a energia de frenagem convertida a partir do eixo dianteiro, bem como a energia convertida a partir dos gases de exaustão. Um sistema de propulsão aperfeiçoado ainda mais potente e mais eficiente. O Porsche 919 Hybrid foi homologado para a principal categoria de recuperação de energia (8 megajoules para uma volta em Le Mans) pela primeira vez em 2015.
O peso mais baixo do veículo e rigidez global melhorada, bem como os aperfeiçoamentos feitos na suspensão e na aerodinâmica, melhoraram a capacidade do carro. Apesar de reduções significativas no peso, os engenheiros ainda conseguiram fazer certos componentes essenciais ficarem ainda mais robustos.
Campeonato Mundial de Endurance (WEC) da FIA de 2015 tem início no dia 12 de abril
Depois do chamado Prólogo (os testes que serão realizados com todos os carros que disputam o WEC nos dias 27 e 28 de março no Circuito de Paul Ricard, na França), o WEC de 2015 terá início no dia 12 de abril em Silverstone (Grã Bretanha). Todas as corridas do WEC, exceto a corrida de Le Mans, têm seis horas de duração. O campeonato passa então para Spa (Bélgica) no dia 2 de maio e depois para Le Mans (França) nos dias 13 e 14 de junho. A corrida em Nürburgring (Alemanha) no dia 30 de agosto, é um novo acréscimo ao WEC, que então deixa a Europa e se dirige a Austin, Texas (EUA) para uma corrida no dia 19 de setembro. As duas seguintes serão disputadas em Fuji (Japão) no dia 11 e outubro e em Shanghai (China) no dia 1º de novembro. A etapa final será realizada em Bahrain no dia 21 de novembro.
A equipe de corrida liderada por Fritz Enzinger (Áustria), Vice-Presidente da Classe LMP1, está sediada no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Porsche em Weissach, e conta com mais de 230 funcionários. Mais de cem desses funcionários são engenheiros que trabalham para o Diretor Técnico Alexander Hitzinger (Alemanha). O Diretor da equipe Andreas Seidl (Alemanha) lida com todas as questões operacionais. “Todas as pessoas da equipe estão aguardando ansiosas por nossa segunda temporada”, afirma Enzinger. “Testamos o novo Porsche 919 Hybrid em separado por um total de 26.675 quilômetros de prova em quatro pistas de corrida diferentes. Agora estamos aguardando com ansiedade nos encontrarmos com todos os pilotos do WEC da FIA durante o prólogo aqui em Paul Ricard”.
topo