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Números do setor apontam tendência de queda

Apesar de positivo, o crescimento acumulado de 1,2%,
do comércio varejista de material de construção até maio, indica
desaceleração no consumo.

O faturamento bruto real do comércio varejista de material de construção da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) atingiu R$7,69 bilhões nos primeiros cinco meses de 2014. A cifra é 1,2% maior que o registrado no mesmo período de 2013. No entanto, o desempenho continua positivo somente em razão do volume de vendas obtido nos meses de janeiro e fevereiro de 2014.

A pesquisa é estratificada por 16 DRTs (Delegacias Regionais Tributárias) no Estado de São Paulo, conforme dados primários da Secretaria Estadual da Fazenda. Para chegar ao desempenho da RMSP, somou-se o desempenho de quatro regiões: São Paulo (capital), ABCD (7 municípios), Guarulhos (12 munícipios) e Osasco (19 municípios).

Três das quatro regiões que compõem a RMSP apresentaram recuo em sua receita de vendas no período: ABCD (-5,4%), Osasco (-2,6%) e Guarulhos (-2,1%). A exceção foi a capital, que contou com acréscimo no faturamento bruto. Por significar 57,7% de todo o varejo de material de construção da Região Metropolitana, o desempenho paulistano se mostrou decisivo para o patamar geral ficar positivo em 1,2%.

Evolução do faturamento bruto corrente de janeiro a maio
Comparação anual

Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

O comércio varejista do Estado de São Paulo atingiu faturamento bruto real de R$43,2 bilhões em maio. Tal volume é 2% menor que o mesmo mês de 2013.

A receita setorial no estado, somente das lojas de material de construção, foi de R$3,1 bilhões no mês, 9,3% menor que em maio do ano anterior. No ano, de janeiro a maio, a cifra estadual para o segmento (material de construção) é de R$15,7 bilhões.  Como a região da Grande São Paulo obteve um faturamento de R$ 7,69 bilhões no período, verifica-se que as vendas do varejo de material de construção da RMSP representam 50% do total do estado.

Apesar do resultado positivo no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, verifica-se um ritmo decrescente nos números do setor, facilmente identificável pela evolução no faturamento mensal das regiões pesquisadas (veja abaixo). Para o presidente do SINCOMAVI, Reinaldo Pedro Correa, o crédito mais caro e seletivo e a pressão inflacionária minaram o consumo das famílias e, consequentemente, criaram um novo cenário. “O alto índice de endividamento é outro importante fator que afeta negativamente as vendas do comércio varejista”, adverte.

Pelo menos em um dos meses (abril ou maio) houve recuo de mais de dois dígitos na receita de vendas das DRTs, que somadas compõem a Região Metropolitana de São Paulo. Com isso, torna-se inviável imaginar que nos meses de junho e julho, com a Copa de Mundo de futebol, houve reversão deste cenário.

Desempenho do faturamento bruto real do comércio varejista de material de construção: Grande São Paulo – Janeiro a maio de 2014

Capital

ABCD

Guarulhos

Osasco

Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo