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Vendas de material de construção em julho e agosto estão 4,3% superiores a mesmo período de 2013

 

As vendas do varejo de material de construção no acumulado do quatro bimestre do ano (meses de julho e agosto) apresentam desempenho 4,3% superior ao mesmo período de 2013 e 3% superior ao mesmo período de 2012. Já no acumulado de janeiro a agosto e dos últimos 12 meses, o setor não apresentou crescimento nem queda, registrando desempenho estável. A informação é do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Universidade Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Instituto Aço Brasil, Anfacer, Afeal e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 26 e 29 de agosto e a margem de erro é de 4,3 pontos percentuais.

De acordo com a pesquisa, os resultados do bimestre (julho e agosto) revelam que alguns dos setores apresentaram crescimento com relação ao mesmo período do ano passado: aço (+7,5%), cerâmica (+6,5%), cimento (+6,8%), tinta (+2,7%) e metais (+3%). Telhas e caixas d’água, assim como fechaduras, tiveram desempenho estável no período. Já janelas de alumínio e louças sanitárias registraram queda de -4% e -10%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2013.

Com relação ao levantamento do mês de agosto, no entanto, as vendas retraíram 7,5% no mês, com relação a julho.  Na comparação agosto de 2014 sobre agosto de 2013, o desempenho foi estável. “Estávamos bastante otimistas com relação ao desempenho de vendas em agosto, especialmente após registrarmos um crescimento de 22% em julho, mas o setor não reagiu da forma esperada no mês. A procura por produtos de todos os segmentos foi menor que o esperado e entendemos que houve uma antecipação de compras por parte dos consumidores no mês passado, o que justificaria o desempenho tão superior se compararmos os números que temos obtido ao longo de todo o ano. Ainda assim, o desempenho no bimestre julho e agosto é positivo e nós continuamos otimistas em uma reação já no mês de setembro”, declara o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
De acordo com a pesquisa, a queda aconteceu em lojas de todos os portes e em todas as regiões do país e foi mais sentida no Sul, onde 36% das lojas tiveram vendas menores que julho, seguida pelo Nordeste (34%) e Sudeste (31%). Já a região Centro-Oeste foi a única com desempenho positivo, pois cerca de 38% dos estabelecimentos na região tiveram vendas acima das registradas em julho.

“Todos os segmentos pesquisados apresentaram pequena retração, com a exceção de cimento, que teve variação zero, e metais sanitários que cresceram  2%. Portas e janelas de alumínio foi o segmento com maior queda (-8%), seguido por aço (-6%), telhas e caixas d’'água de fibrocimento (-5%) e louças sanitárias (-4%)”, explica Conz.

Cerca de 63% lojistas ouvidos pelo estudo esperam que o desempenho das vendas melhore em setembro, sendo que os estabelecimentos localizados na região Nordeste são os mais otimistas. "O resultado da pesquisa também indica que cresceu a intenção de fazer novas contratações em todas as regiões, exceto no Sudeste, onde apenas 19% dos lojistas devem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses”, explica o presidente da Anamaco.

Segundo a Anamaco, o varejo de material de construção deve crescer 3,5% em 2014 na comparação com o ano passado, quando registrou um aumento de vendas 4,4% superior a 2012 e um faturamento recorde de R$ 57,42 bilhões.

Setor possui mais de 136 mil lojas varejistas espalhadas pelo país, segundo a RAIS
Em 2013, a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais gerenciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego) registrou a existência de mais de 136 mil lojas varejistas de material de construção no Brasil. Ainda que apresentando crescimento, em 2013 a taxa de aumento do número de estabelecimentos foi a menor dos últimos 7 anos.

Segundo levantamento do órgão, as maiores taxas de crescimento aconteceram no Norte (5,26%), que possui 6.669 estabelecimentos de material de construção. Já a região Nordeste tem 19% das lojas varejistas do setor e registrou crescimento de 4,63%, chegando a 26 mil estabelecimentos.

O número de lojas do Centro-Oeste cresceu 4,53% em 2013 e chegou a 11 mil lojas ou 9% dos estabelecimentos varejistas do setor no país. No Sul, o número de lojas cresceu 1,5% no ano passado e hoje a região possui 19% dos varejistas do setor, com mais de 26 mil lojas. Por fim, o Sudeste, que registrou crescimento de 2,29% no número de lojas em 2013, concentra 48% das lojas do setor, com mais de 65 mil estabelecimentos na região.

O levantamento da RAIS também revela que, de uma forma geral, as lojas especializadas em material elétrico continuam crescendo mais do que os demais tipos de comércio do setor no país. Em 2013, o número de lojas varejistas de ferragens, madeira e material para construção, aumentou 2,89% e chegou a 117.449 estabelecimentos. Já o número de lojas varejistas de material elétrico cresceu 3,5% no ano passado e corresponde a 11.334. Já as lojas de tintas e material para pintura, cujo crescimento foi de 2,22% em 2013, correspondem a 8.075 estabelecimentos.

Ainda de acordo com o relatório da RAIS, cerca de 90 mil lojas do setor possuem até 4 funcionários e apenas 306 possuem 100 ou mais empregados. Do total de 136.868 estabelecimentos  varejistas do setor registrados em 2013, apenas 0,8% ou 1.148 lojas possuem mais de 50 funcionários.



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