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Alunos da FEI disputam prova internacional nos Estados Unidos, com avançado protótipo off-road

Apostando no sistema eletrônico e na confiabilidade como diferenciais do carro, a equipe de 14 alunos do Centro Universitário da FEI participará da competição internacional Baja SAE Kansas 2014, de 22 a 25 de maio, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Mais de 100 equipes de estudantes de engenharia de todo o mundo estarão competindo com protótipos off-road, em provas técnicas, como aceleração, tração e um enduro de quatro horas de duração.

O protótipo MBF-28, chamado de Armadillo, foi projetado e desenvolvido pelos alunos da FEI, sob supervisão dos professores. Para a competição internacional deste ano, passou por ajustes e melhorias, que incluem o novo sistema de reduzida, que aumenta a capacidade de puxar carga do veículo e auxilia na prova de tração. “Investimos em estudos sobre os pneus, alcançando um aumento de 40% na capacidade trativa do veículo em situações onde há muita lama”, diz o capitão da equipe Baja FEI, Bruno Garcia. “Nosso sistema eletrônico, que permite comunicação em tempo real entre o piloto e a equipe, é um grande diferencial, pois oferece mais conforto. Além disso, melhoramos toda a dinâmica do carro e o sistema de CVT, para dar mais aceleração e velocidade.”

Por meio do sistema de telemetria, o boxe recebe, em tempo real, informações de velocidade, rotação do motor, níveis de bateria e do tanque de combustível. Numa tela acoplada ao volante, o piloto obtém outros dados, como tempo do motor ligado, velocidade e bateria. O carro da FEI também conta com GPS, faróis de lâmpadas LED alimentados por energia solar, suspensão traseira do tipo duplo braço triangular, transmissão automática com componentes de fibra de carbono, e laminação do banco feita à base de fibra de Curará – material sustentável originado de uma planta da família do abacaxi.

Os critérios de avaliação da competição incluem: segurança, projeto, custos de fabricação, aceleração e velocidade, subida de rampa, suspensão e tração, e o enduro. A equipe também é avaliada pelo relatório e apresentação do projeto, custos e, excepcionalmente este ano, por uma apresentação de vendas. “Vamos sugerir a abertura de uma empresa, que produzirá quatro mil bajas por ano”, conta o capitão. A experiência em anos anteriores também ajudará os alunos em relação às regras da competição internacional, que diferem das etapas brasileiras. Além da FEI, representam o Brasil no Baja SAE Kansas 2014 equipes da Poli-USP e da Universidade Federal do Pernambuco.

Em 2013, a FEI conquistou o 12º lugar na classificação geral, em função do bom desempenho nas categorias: custos, design, manobrabilidade e aceleração.

Exclusivas para alunos da graduação, as competições são uma oportunidade para colocar em prática conhecimentos sobre projeto, construção, montagem e manutenção de máquinas. Sobre a importância de participar dessa etapa internacional, Roberto Bortolussi, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI, reforça: “Um ponto importante para os alunos é o contato com equipes de outros países, tanto no aspecto técnico como cultural. O automobilismo é uma indústria forte de entretenimento nos Estados Unidos e na Europa e, por isso, os competidores gostam de trocar informações com participantes de outros países, como o Brasil”.

            A FEI foi uma das primeiras faculdades do Brasil a ter uma equipe de mini-baja para as competições da Society of Automotive Engineers - SAE. Criadas em 1976, as disputas chegaram ao País em 1995, pela SAE Brasil, filiada à SAE International. O Baja da FEI é tricampeão mundial e heptacampeão nacional.

Ficha Técnica – ARMADILLO – MBF – 28

Dimensões:

 

Performance:

* valores obtidos a partir de simulações

Motor: Briggs & Stratton (definido pela competição)

Transmissão:

Freios:
A disco nas 4 (quatro) rodas, com circuitos hidráulicos independentes para dianteira e traseira.

Direção:

Suspensão:

Sistema elétrico:

Carroceria:

Chassi: