Últimas Notícias - Composites
Estudo aponta aumento de 45% no número de incêndios estruturais em 2013
Levantamento dos incidentes com focos de fogo evidencia falhas no sistema de prevenção adotado no Brasil
Um levantamento realizado recentemente por empresas de seguros e resseguros apontou um aumento considerável nos chamados incêndios estruturais, aqueles ocorridos em locais como prédios industriais e comerciais, galpões, escolas, hospitais e hotéis, que viraram notícia no país ao longo de 2013. Em comparação com 2012, houve um crescimento de 45%, com um salto de 755 para 1095 incêndios – na média mensal, foram 91 ocorrências, contra 40 no ano anterior.
“Os principais motivos por este aumento estão relacionados à falta de manutenção preventiva dos sistemas, qualidade dos equipamentos e materiais aplicados na obra e projeto mal elaborado”, explica o Diretor Corporativo do Grupo ICS Engenharia, empresa que atua no mercado de prevenção a incêndios. Para ele, estas questões são causadas pela fragilidade das normas regulatórias no Brasil, que são falhas e muito flexíveis.
Outra constatação feita pela pesquisa é que, nos 12 meses de 2013, houve ao menos três incêndios estruturais em cada estado brasileiro, enquanto que em 2012 Amapá e Acre não tiveram nenhum foco. Outro dado que chama a atenção é o crescimento considerável no Rio Grande do Sul: saltou de 60 casos em 2012 para 166 no ano passado, ocupando a 3ª colocação no ranking. “A boate Kiss é apenas um exemplo da falta de rigidez na fiscalização, uma vez que a liberação para o funcionamento de estabelecimentos se dá sem a checagem necessária, sem que o projeto seja analisado rigorosamente”, comenta Pacheco.
Infelizmente, em nosso país, são necessárias tragédias para que se voltem os olhares para problemas recorrentes, como a falha legislação anti-incêndio brasileira. “No Brasil, ainda não há uma padronização federal da legislação para liberação e fiscalização dos empreendimentos, pois o órgão responsável por tais atividades é o Corpo de Bombeiros, ou seja, uma entidade estadual. Unificar nossas normas e torná-las mais rígidas são duas medidas necessárias para diminuir a incidência de incêndios”, finaliza o diretor da ICS Engenharia.
topo