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Brasil não corre risco de falta de engenheiros, diz IPEA
O Brasil não corre o risco de um "apagão" generalizado de mão de obra de engenharia.
Essa é a conclusão do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo os autores da análise, apesar de ainda estar abaixo de outras profissões, o número de engenheiros formados que trabalham com engenharia tem crescido desde os anos 2000 e a tendência é aumentar ainda mais a curto e médio prazos.
Os dados mostram que o percentual de engenheiros exercendo ocupações típicas da profissão era 29% em 2000 e foi crescendo ano a ano até alcançar 38% em 2009.
A tendência é seguida pela oferta no mercado de trabalho. As vagas para engenheiros cresceram 85% em uma década, chegando a aproximadamente 230 mil profissionais.
Os engenheiros apresentam, no entanto, um percentual de ocupações típicas inferior ao de outras profissões. O estudo cita a carreira médica, cujo percentual chega a 80%.
Os autores, contudo, concordam que, no longo prazo, caso haja um enfraquecimento da economia é possível que haja também a fuga desses profissionais e a carência pode vir a ser um problema.
O artigo é assinado por Mário Sérgio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno César Pino Oliveira de Araújo, Leonardo Augusto Vasconcelos Gomes, Demétrio Toledo e Paulo Meyer Nascimento, da Universidade de São Paulo (USP).
Rastreamento de engenheiros
Uma projeção da demanda por engenheiros no Brasil faz parte de um outro estudo apresentado durante evento no IPEA, assinado por Aguinaldo Nogueira Maciente e Paulo Meyer Nascimento.
De acordo com eles, a expectativa é que, até 2020, o número de engenheiros requeridos pelo mercado de trabalho formal atinja entre 600 mil e 1,15 milhão de profissionais.
O Brasil tem 18,8 ingressantes em engenharia para cada 10 mil habitantes, número acima da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 15,3.
Entretanto, o número total de matrículas ainda é a metade da média desses países - 44,5 para cada 10 mil habitantes no Brasil e 78,5 em média para cada 10 mil habitantes nos países da OCDE.
O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) planeja fazer um acompanhamento dos estudantes concluintes de engenharias.
A intenção é, em parceria com as instituições, fazer um monitoramento dos estudantes egressos e verificar de que forma estão atuando no mercado ou no ambiente acadêmico. A proposta ainda está em discussão.
Fonte: Site Inovação Tecnológica/ Agência Brasil
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