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Nova taxa de retorno para o trem-bala é atrativa, diz EPL


O diretor da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Hélio Mauro França, defendeu que as mudanças feitas pelo governo no edital do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro geraram maior atratividade para o negócio.

Nesta terça-feira (2), o governo divulgou as mudanças no edital da concessão que vai escolher o fornecedor e operador dos trens. O governo reduziu o valor mínimo que pretende receber do vencedor da concorrência e simplificou o critério de escolha do ganhador.

Pelas novas regras, o governo vai reduzir de R$ 70,31 para R$ 68,08 o valor mínimo que pretende cobrar do operador pelo quilômetro circulado de cada trem. Esse passou a ser o único critério de escolha do vencedor. Quem oferecer o maior valor nesse item, ganha a concorrência.

Essa redução, que beneficia o vencedor, foi proporcionada pelo aumento da TIR (Taxa Interna de Retorno) do projeto que passou de 6,32% para 7%. A taxa alavancada (que envolve outros fatores com custo dos financiamentos entre outros) passa de 11,6% para 13,6%.

Na semana passada, a expectativa da EPL era aumentar essa taxa interna de retorno para perto de 8,5%, reduzindo em até 10% o valor máximo a ser cobrado por quilômetro de cada de trem. A redução ficou pouco mais de 3%. O Ministério da Fazenda vetou o aumento maior e estabeleceu os 7% de taxa máxima.

"Ela [nova taxa de retorno] atende a interesse dos investidores. Querendo ou não, são 2 pontos percentuais a mais que reduzem em 3% a 2% o valor da outorga", afirmou Mauro França.

Segundo França, chegou-se à nova taxa de retorno pela atualização de dados de risco país, ganhos com títulos do governo entre outros fatores. A taxa anterior levava em conta o período de 1995 a 2008. A atual, elevou a análise para 2012. Perguntado porque a taxa de retorno para trem-bala ficou menor que a taxa estipulada para rodovias (7,2%), Mauro disse que não conhecia os dados de rodovias para falar.

Até a semana passada, a EPL divulgava que este valor de outorga geraria ao longo dos 40 anos de concessão R$ 27,6 bilhões no mínimo. Na segunda, França afirmou que esse valor não seria de R$ 27,6 bilhões e sim de R$ 31,1 bilhões. Segundo ele, com a redução do valor de outorga feito ontem, a expectativa de arrecadação atual ficaria em R$ 30 bilhões. (Folha Online)



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