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REPSOL SINOPEC planeja quadruplicar investimentos em pesquisa no Brasil
A Repsol Sinopec já investe em pesquisa e desenvolvimento no Brasil desde 2006, tendo alcançado um total de R$ 34 milhões aplicados na área até junho deste ano. Só para 2013, o orçamento está na casa dos R$ 5 milhões, sendo que em 2014 esse montante deve ser multiplicado por quatro, chegando a R$ 20 milhões. O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa no Brasil, José Galindo, explica que estão com três linhas de estudo principais no país: iluminação de subsolo marítimo, caracterização de fluídos e biocombustíveis. Galindo afirma que pretende dobrar a equipe de pesquisadores no Brasil até o próximo ano e prevê chegar a 2017 com um orçamento anual de R$ 30 milhões para pesquisas.
Quais são os principais projetos no Brasil?
Temos projetos em várias áreas, com três linhas de pesquisa principais. Estamos quase concluindo dois projetos em geofísica, que consistem em ferramentas, softwares, para melhorar a visualização do subsolo. Com isso, conseguimos ver melhor as imagens e as estruturas geológicas onde pode estar armazenado o petróleo. Esses dois projetos estão em fase de testes. Começaram em 2010 e agora estão na finalização. Investimos cerca de US$ 5 milhões neles, que tratam de ferramentas diferentes, mas complementares.
Quais as outras?
Outra linha é a caracterização de fluidos, que consiste em aprofundar o conhecimento sobre determinadas propriedades do petróleo que podem ser complicadoras na hora de desenvolver comercialmente um campo, como a deposição de parafina. No caminho do reservatório até o FPSO o petróleo se resfria, então, sem as precauções necessárias, pode ser criada uma película de parafina que impede ele de chegar à superfície. Nessa linha estamos com sete projetos, de forma bem atuante.
Quando começaram a ser desenvolvidos?
Começamos em 2010, com dois projetos, e fomos expandindo. Essa linha também lida com a precipitação de asfalteno, que são produtos pesados e causam o mesmo efeito. Pode acontecer no próprio reservatório, o que impediria o petróleo de sair dele. Essa demandou cerca de US$ 5 milhões, somando os projetos.
E a outra?
Temos em curso também uma linha de biocombustíveis, com projeto de estudo dos microrganismos que convivem com a cana de açúcar. Estamos estudando quais bactérias têm efeito benéfico no desenvolvimento da cana.
A empresa tem algum negócio em etanol no Brasil?
Por enquanto não produzimos etanol aqui, mas, como companhia energética, tudo que seja recurso energético é interessante estudar. A empresa tem interesse em novas possibilidades.
Quais são os maiores desafios da companhia em relação à exploração e produção no país?
Existem muitos. No caso do Brasil, como tem muita produção offshore, eles estão muito ligados a lugares distantes, 200 km, 300 km da costa, com lâmina d’água de 2 mil, 3 mil metros. Isso é um desafio muito grande, logístico, de escoamento da produção, de todos os tipos.
Há planos de instalar um centro de pesquisas no Brasil?
Um centro de pesquisa considerado como um conjunto de laboratórios próprios, não, mas já temos uma equipe de pesquisadores aqui, e a intenção é aumentá-la. Pensamos que já existem muitos laboratórios, principalmente nas universidades, que estão muito bem equipadas, então não vemos essa necessidade. Somos cinco pesquisadores, mas estamos crescendo. Daqui a um ano devemos duplicar esse número.
Vocês têm algum tipo de parceria nessa área aqui?
Estamos trabalhando muito com a Unicamp, também com a Puc-Rio e com a UFRJ. Também temos projetos com pequenas empresas de pesquisa, como a Geoimagem, que nos ajuda em geofísica. Os projetos estão misturados entre elas. Identificamos grupos das universidades que têm competência e selecionamos alguns.
Quanto a Repsol investe em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil por ano? Quanto já foi investido até hoje?
Investimos R$ 34 milhões desde 2006 até junho de 2013, sendo que para este ano nosso orçamento está em cerca de R$ 5 milhões. Daqui a um ano isso aumenta para cerca de R$ 20 milhões. Esses recursos acompanham a produção, então devem chegar a 2017 em cerca de R$ 30 milhões anuais, mas dependerá da produção e do preço do petróleo, que são variáveis que não controlamos.
Com a entrada em operação de Sapinhoá no início deste ano, há previsão de aumentar os aportes?
Isso altera a partir do próximo ano. Porque apesar de a produção já ter começado, o dinheiro da pesquisa vem a partir de determinados níveis de produção. (Petronotícias)
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