Com caráter de urgência, o governo decidiu usar mais uma arma para tentar contra-atacar o marasmo da atividade econômica. Desta vez, vai acelerar suas próprias compras com a avaliação de que elas poderão dar um estímulo adicional aos investimentos e, com isso, melhorar o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).
Com o pacote, que ganhou o nome de "PAC Equipamentos - Programa de Compras Governamentais", o governo deseja acelerar os investimentos na compra de maquinários para projetos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). A implantação das medidas visa a um crescimento no curto prazo.
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a medida, o orçamento total do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) passa de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. Entre as compras que serão incrementadas, estão incluídas 3.591 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras que serão destinadas a municípios com menos de 50 mil habitantes, com custo total de 1,28 bilhão.
Além de poder antecipar aquisições já previstas no orçamento, na hora das compras poderá ser usado o mecanismo de margem preferencial, pela qual se pode pagar até 25% mais caro se o produto for nacional.
Mantega também anunciou a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 6% para 5,5% para estimular os investimentos das empresas. A expectativa do governo é que a taxa de expansão do PIB este ano fique acima dos 2,7% vistos no ano passado, apesar das previsões mais pessimistas do mercado. Fonte: O Estado de S.Paulo/Valor Econômico |