O Brasil importou US$ 4,4 bilhões em produtos químicos no mês de agosto. Esse é o maior valor para um único mês em 2012, representando um aumento de 28,2% em relação a julho deste ano e uma leve queda de 0,4% na comparação com agosto de 2011, quando foi registrado o recorde histórico de US$ 4,5 bilhões. Somente em intermediários para fertilizantes, os produtos químicos mais importados pelo País, foram adquiridos mais de US$ 981 milhões em agosto, 55,4% mais do que no último mês de julho. Já as exportações, de US$ 1,4 bilhão em agosto, cresceram 12,1% na comparação com julho, embora tenham declinado 9,9% em relação ao mesmo mês de 2011.
No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam mais de US$ 27,3 bilhões, aumento de 0,2% frente ao mesmo período de 2011, ao passo que as vendas externas alcançaram US$ 10,0 bilhões, valor 4,5% inferior ao registrado entre janeiro e agosto de 2011. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, chegou a US$ 17,3 bilhões, valor 3,2% acima do registrado em igual período de 2011. Nos últimos 12 meses (setembro de 2011 a agosto deste ano), o déficit é superior a US$ 27,0 bilhões.
Para a diretora de Comércio Exterior da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, Denise Naranjo, as medidas que estão sendo adotadas pelo Governo em defesa da indústria nacional estão em linha aos anseios do setor químico por um ambiente de negócios competitivo e pela igualdade de condições entre os produtos nacionais e importados, e deverão contribuir a coibir práticas desleais de comércio. “O fortalecimento do combate a práticas administrativas e aduaneiras irregulares, a revisão de normas aplicáveis ao comércio exterior, particularmente quanto à atualização do marco regulatório de defesa comercial, e a recente adoção das proteções tarifárias adicionais aos tetos permitidos pela Organização Mundial do Comércio para produtos que têm sofrido severamente com o avanço de importações, são importantes medidas tomadas pelo Governo em um momento crítico para a competitividade de toda a indústria brasileira”. |