As vendas de geladeiras, fogões e máquinas de lavar neste ano estão em ritmo menor do que em 2009, quando também houve corte do IPI para evitar demissões no setor. No primeiro trimestre deste ano, os volumes de lavadoras cresceram 10% sobre igual período de 2011; os de geladeiras, 5%; e os de fogões, 3%. Em abril, o desempenho foi negativo na comparação anual e, no mês passado, houve crescimento médio de 5% nas três linhas de produtos, informa a Eletros, associação que reúne os fabricantes. No ano inteiro de 2009, quando vigorou o corte de IPI, as vendas de lavadoras cresceram 35% ante 2008, os volumes comercializados de refrigeradores tiveram acréscimo de 23% e os fogões, de 7%. "Naquela época, o corte do imposto era uma novidade e isso mexeu mais com o consumidor", afirma o presidente da Eletros, Lourival Kiçula.
Estudo feito pela consultoria Tendências a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE de 2009, mostra que a geladeira está presente quase na totalidade dos domicílios, mesmo nas classes de menor renda. No caso das lavadoras, o índice de posse do produto é maior entre as classes de maior renda, com presença pequena nos domicílios das classes D e E (23,7%). "Por isso, a efetividade do corte do IPI para ampliar as vendas é pequena", diz a economista Denise de Pasqual, sócia da consultoria.
Fonte: O Estado de S. Paulo |