Distrito Federal - O Ministério do Meio Ambiente trabalha para manter o equilíbrio da matriz energética, entre fontes renováveis e tradicionais. "O setor energético representa a segunda maior preocupação do governo no quesito das emissões de gases de efeito estufa, perdendo apenas para o desmatamento e a agropecuária - apontados como os vilões responsáveis por 70% das emissões -, explica a diretora da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ana Lúcia Doladela.
De acordo com Ana, o setor energético, desde a produção até o consumo, responde por cerca de 23% dessas emissões. "Uma das formas de reduzir esse impacto é renovar nossa matriz e aumentar nossa eficiência energética", acrescenta.
Ana vê com otimismo a aproximação e a absorção pelo país das experiências realizadas na Europa em pesquisa e produção de fontes alternativas de energia. A aproximação entre técnicos brasileiros e europeus pode resultar em parcerias estratégicas para o desenvolvimento maior do setor.
"A energia eólica foi estabelecida de forma competitiva. Mas a fotovoltaica ainda é cara e precisa de incentivos para se estabelecer. O ministério tem acompanhado as pesquisas e o governo vem adotando medidas como o estímulo ao uso da fonte solar térmica para aquecimento de água", diz.
Para a diretora do Ministério do Meio Ambiente, o país também precisa amadurecer tecnologicamente nas pesquisas sobre energia a partir dos oceanos. "Temos três fontes que são as ondas, mares e correntes marítimas. Ainda precisamos de muito investimento em tecnologia", explica.
Em relação às fontes renováveis a partir da biomassa, como o etanol e o biodiesel, o Brasil assumiu uma posição de liderança no cenário internacional. Como a tendência é de aumento do consumo de energia no país, pesquisadores brasileiros buscam novas fontes que poderiam complementar essa matriz. |