O Porto de Rotterdam e o grupo Terminal Presidente Kennedy (TPK) assinam hoje em Vitória um protocolo de intenções com o governo do Espírito Santo e o município de Presidente Kennedy para o desenvolvimento de um novo porto privado. O chamado Porto Central será criado por meio de uma joint venture entre as companhias e poderá abranger uma área de 1.500 hectares. O porto industrial terá como foco o setor de óleo e gás, mas também atenderá as áreas de serviços offshore, mineração e cargas em geral, apurou o Valor.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental e o cronograma indica que a primeira fase (1.000 hectares) deverá estar pronta em 2016.
A ideia das empresas é concluir o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (o chamado EIA/Rima, necessário para solicitar licenças ambientais) até junho. O porto, que ficará localizado no extremo sul do Espírito Santo, terá três profundidades distintas e poderá receber navios de até 20 metros de calado.
A TPK foi criada para desenvolver o projeto e tem como sócios as holdings RV e FIABE - ligadas ao grupo Polimix Concreto -, e a Nova K Logística.
A empresa é formada por executivos brasileiros com experiência em mineração e indústrias offshore. O Porto de Rotterdam, por sua vez, entra no projeto com seu conhecimento no campo de gerenciamento de portos.
O acordo de cooperação entre TPK e Rotterdam será convertido em uma joint venture assim que um determinado número de condições essenciais - como permissões e contratos iniciais com clientes - for atingido.
Presidente Kennedy é uma das cidades menos populosas do Espírito Santo e está no foco de grandes empresas, em função da produção de petróleo em alto-mar. Além do Porto Central, o município receberá um terminal portuário de águas profundas da Ferrous Resources que, em sua primeira fase, terá capacidade para embarcar 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
O Espírito Santo ainda é alvo do interesse de investidores que estão desenvolvendo um projeto para a construção de um terminal marítimo de apoio a atividades de exploração e produção de petróleo, em Itapemirim. Para a operação, foi constituída uma sociedade de propósito específico, a Itaoca Offshore.
Fonte: Valor Econômico/Por Beatriz Cutait |