Empresas brasileiras estão utilizando nanopartículas em produtos para combater microrganismos e melhorar a eficiência de adesivos. As diminutas partículas de prata provocam reações na parede celular de bactérias ou fungos e os eliminam, evitando assim possíveis contaminações. A empresa brasileira que mais utiliza essa tecnologia é a Nanox, de São Carlos, que desenvolveu uma série de produtos na forma de soluções líquidas ou filmes contendo partículas de prata para revestir metais ou para incorporá-las em polímeros. A Nanox é uma spin-off financiada pela FAPESP de dois institutos de química, um da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e outro da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara.
O faturamento da empresa atingiu R$ 2,1 milhões em 2010, contra R$ 1,3 milhão em 2009, sendo 40% provenientes de exportação da tecnologia em peças plásticas e metálicas de geladeiras da marca General Electric (GE) e Mabe. Os produtos da Nanox também estão nos equipamentos odontológicos produzidos pela Dabi Atlante, uma empresa 100% nacional que exporta 20% do faturamento de R$ 100 milhões. Outra empresa que investiu na nanotecnologia foi a Novelprint, de São Paulo, empresa de porte médio especializada em rótulos e etiquetas auto-adesivas para grandes empresas como Nestlé, Ambev, Heliar, Monsanto, Texaco e Cervejaria Kaiser. Com nanopartículas de sílica, por exemplo, a empresa conseguiu produzir adesivos com uma redução de um terço da quantidade de cola. Nanopartículas nos adesivos também os deixam mais transparentes e melhor aderidos aos produtos.
|