Eletrosul abre licitação internacional para construção de usina solar
Projeto pioneiro no Brasil terá capacidade de produzir 1 megawatt-pico de energia “verde”

A Eletrosul publicou nesta quarta-feira (24), no Diário Oficial da União, o edital de concorrência internacional para contratação da empresa ou consórcio de empresas, que irão tirar do papel o maior projeto brasileiro de geração de energia solar fotovoltaica integrado à edificação – o Megawatt Solar. As empresas terão 45 dias, a partir da data de publicação do edital, para apresentar suas propostas. A contratação será em regime de empreitada global e o prazo total para implantação da usina será de oito meses. O orçamento do projeto definido no edital é de aproximadamente R$ 10,8 milhões e já conta com financiamento do banco de fomento alemão KfW.

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A Eletrosul Centrais Elétricas S.A. – subsidiária da Eletrobras – publicou nesta quarta-feira (24), no Diário Oficial da União, o edital de concorrência internacional para contratação da empresa ou consórcio de empresas, que irão tirar do papel o maior projeto brasileiro de geração de energia solar fotovoltaica integrado à edificação – o Megawatt Solar. As empresas terão 45 dias, a partir da data de publicação do edital, para apresentar suas propostas. Passado esse prazo, a estimativa é de que transcorram outros 30 dias para a assinatura da ordem de serviço e início da execução do projeto.

A contratação será em regime de empreitada global e o prazo total para implantação da usina será de oito meses. O orçamento do projeto definido no edital é de aproximadamente R$ 10,8 milhões e já conta com financiamento do banco de fomento alemão KfW.

“Ao lançar esse edital, a Eletrosul dá sua parcela de contribuição para que a energia solar no País comece a ganhar forma e, a exemplo da eólica, em pouco tempo se consolide como fonte alternativa complementar à nossa matriz energética”, afirmou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto. A expectativa do executivo é de que iniciativas semelhantes se multipliquem não só no Brasil, mas em outros países da América Latina.

O projeto conceitual do Megawatt Solar prevê a instalação dos módulos fotovoltaicos (painéis que captam os raios solares e transformam em energia elétrica) nas coberturas do edifício-sede e dos estacionamentos da Eletrosul, em Florianópolis (SC), totalizando uma área de aproximadamente 10 mil metros quadrados. A usina terá capacidade instalada de um megawatt-pico, será conectada à rede elétrica local e a energia produzida deverá ser vendida a consumidores livres.

Ao se candidatarem para a concorrência, as empresas já terão que apresentar informações detalhadas sobre o projeto que desenvolverão como a quantidade de módulos, sua potência, modelo dos inversores (equipamentos que convertem a energia gerada em corrente contínua para corrente alternada), os arranjos previstos, entre outros aspectos.

Exigências – Segundo informações do Departamento de Planejamento do Sistema (DPS) da Eletrosul, área responsável pela coordenação do Megawatt Solar, além das exigências de qualidade de módulos fotovoltaicos e inversores, já previstas no edital, tais como a apresentação de certificados emitidos por laboratórios acreditados e a submissão de amostras para testes específicos, a futura contratada deverá se responsabilizar pelo atendimento às regras brasileiras para importação desses equipamentos. “No momento, está em vigência a Portaria 004/2011 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que estabelece a necessidade de certificação Inmetro para importação. Para habilitação técnica no edital, não exigiremos tal certificação. No entanto, é de responsabilidade da contratada obtê-lo dentro dos prazos previstos para fornecimento de equipamentos”, esclarece o gerente do projeto, Rafael Takasaki.

Ainda de acordo com o gerente, pela forma como foi estruturado, o edital permite aos participantes propor otimizações de projeto a fim de se buscar uma solução eficiente e com custo menor.

 

Projeto experimental - Além da implantação da usina solar, faz parte do edital a instalação de uma planta experimental de 8 quilowatts (kW) de potência, contemplando quatro sistemas fotovoltaicos: dois deles, usando módulos de silício cristalino e outros dois que usarão a tecnologia de filme fino de silício amorfo. “Esse pequeno projeto será utilizado para estudos reais da eficiência de produção de energia em função da orientação solar e da inclinação dos módulos”, explica Takasaki.

 

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