O baja do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), protótipo off road construído pelos próprios estudantes, foi o melhor nas provas de Aceleração e de Tração realizadas durante a Baja SAE Kansas, que terminou neste último domingo (29), em Pittsburg, Kansas, nos Estados Unidos. A competição, organizada pela SAE International, reuniu mais de 100 equipes do Canadá, Estados Unidos e do México, além do Brasil, Argentina e Venezuela. Na classificação geral, a FEI ficou na 6ª posição e foi a equipe brasileira melhor colocada.
Na prova de Aceleração, a FEI marcou o melhor tempo, deixando para trás as equipes brasileiras Poli Fênix, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, e Mangue Baja, da Universidade Federal de Pernambuco, que conquistaram o segundo e terceiro lugares, respectivamente. Já na prova de Tração o baja da FEI ficou na frente de uma equipe dos Estados Unidos (Lamar University) e de outra da Venezuela (Universidad Católica Andrés Bello).
Com o bom resultado, o baja da FEI ficou entre os primeiros no grid de largada no Enduro de resistência, principal prova da competição, que tem duração de quatro horas e é composta por uma sequência de obstáculos de concreto, troncos de árvores, piscina de lama e uma rampa seguida de outra piscina. Conseguimos ficar entre os primeiros durante quase todo o enduro, mas um problema na transmissão nos obrigou a uma parada, explicou o capitão da equipe Marcio Maia, de 22 anos.
O Brasil possui quatro títulos mundiais na competição da SAE International, o primeiro com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 1998, e os demais com a FEI, em 2004, 2007 e 2008. Em março deste ano, a FEI comemorou o heptacampeonato brasileiro (2001, 2002, 2005, 2007, 2009, 2010 e 2011) em Piracicaba, SP. É a Instituição de ensino brasileira com a maior quantidade de títulos nacionais e internacionais no gênero de veículo.
Para a Baja SAE Kansas, a equipe da FEI levou o baja Dipton que possui um novo sistema de fixação do motor estrutural. Parte do chassi foi retirada para a colocação do motor. A mudança, que contribuiu para a redução de 3 kg, influenciou na rigidez do chassi, tornando o veículo mais leve, e com melhor desempenho em aceleração, velocidade final e frenagem.
Outra inovação no baja é o recurso wireless, que permite ao piloto ter em tempo real, numa tela de LCD acoplada ao volante, informações, como carga de bateria, tempo do motor ligado, velocidade e rotação. Na parte ecológica, a laminação do banco do carro é à base de fibra de curauá, planta da família do abacaxi originária do Pará.
Além de GPS, o protótipo também possui sistema de telemetria, que gerencia e transfere ao box, em tempo real, informações como velocidade, rotação do motor, níveis da bateria e do tanque de combustível. O carro é equipado com placas para o aproveitamento de energia solar para carregar as baterias, dispensando a utilização da energia do motor. As placas levam cerca de cinco horas para ser recarregadas, com recarga após 12 horas de uso. Os faróis de lâmpadas LED também são alimentados por energia solar.
Na Baja SAE Kansas, a primeira colocada foi a equipe Laval, do Canadá, seguida pelas equipes americanas Tennesse Tech University e University of Maryland Baltimore County. |